Coçar e comer é só começar, escrever também.*
Outro dia, conversando com amigos, falávamos sobre a importância de escrever para articular as idéias. Refletindo sobre o trabalho que desenvolvo na Ilha dos Marinheiros - RG, percebi que faltava começar de uma vez esse exercício. Conversando então com a Teresa, orientadora do projeto, ela me sugeriu que fizesse um blog. Assim, seria uma ótima maneira de organizar o material, organizar as idéias, expor o pensamento e desenvolver o que penso e sinto em relação ao avanço do projeto. O projeto Histórias de Vidas Vividas: uma pesquisa compartilhada sobre a cultura portuguesa da ilha dos marinheiros, foi escrito em 2001 pela Profª Drª Teresa Lenzi. Adormecido até então, o projeto nasceu efetivamente em 2008, a partir da união da minha sede por trabalhar com essas linguagens (fotografia e audiovisual) e da determinação e dedicação da Teresa. Uma dupla que deu certo! Inicialmente a Professora não queria se envolver em projetos nesse período. Estava retornando de um longo período fora, quatro anos na Espanha para Doutorado. Mesmo assim, resolveu tentar. E fomos em frente. Primeiro passamos por um processo no qual não conseguimos classificação. Sem desistir, lá fomos nós!! Na segunda tentativa deu tudo certo!
Projeto aprovado e mãos a obra!
*frase extraída do livro Escrever é Preciso, de Mário Osório Marques
Roberta Cadaval
Felizes estamos na condição de aprendizes e especialistas
Teresa Lenzi
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Seu Pedro, pedra, a seringueira e a vida como celebração.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Que lugar é esse?
Um lugar cheio de lugares;
quem sou eu em meio a tantos cheiros, formas e sons?
Eu que percebo ou sou percebido?
O que fazemos para sermos lembrados enquanto escorrega o tempo pelas mãos?
Que tempo é esse, é esse o tempo que desejo?
O que faço a ele para preservar?
O que faço a nós para não falhar na vida?
Falho na faísca que queima e deteriora;
preservo enquanto há vida que do fogo se alimenta;
vida que do fogo se sustenta sem matar.
Respiro num lugar cheio de lugares o sol do pôr do sol.
O mar do pescador vivio a fomentar, preocupado em preservar;
conta suas histórias e resgata memórias;
desenhando pelo mar garatujas nomeadas pela mão do pescador.
Garatujas nomeadas pela mão do agricultor;
Cultivando com sabor canteiros bem fecundos.
Vidas de histórias de vidas vividas;
de pessoas que conhecem e reconhecem seu lugar para histórias contar.