Coçar e comer é só começar, escrever também.*

Outro dia, conversando com amigos, falávamos sobre a importância de escrever para articular as idéias. Refletindo sobre o trabalho que desenvolvo na Ilha dos Marinheiros - RG, percebi que faltava começar de uma vez esse exercício. Conversando então com a Teresa, orientadora do projeto, ela me sugeriu que fizesse um blog. Assim, seria uma ótima maneira de organizar o material, organizar as idéias, expor o pensamento e desenvolver o que penso e sinto em relação ao avanço do projeto. O projeto Histórias de Vidas Vividas: uma pesquisa compartilhada sobre a cultura portuguesa da ilha dos marinheiros, foi escrito em 2001 pela Profª Drª Teresa Lenzi. Adormecido até então, o projeto nasceu efetivamente em 2008, a partir da união da minha sede por trabalhar com essas linguagens (fotografia e audiovisual) e da determinação e dedicação da Teresa. Uma dupla que deu certo! Inicialmente a Professora não queria se envolver em projetos nesse período. Estava retornando de um longo período fora, quatro anos na Espanha para Doutorado. Mesmo assim, resolveu tentar. E fomos em frente. Primeiro passamos por um processo no qual não conseguimos classificação. Sem desistir, lá fomos nós!! Na segunda tentativa deu tudo certo!

Projeto aprovado e mãos a obra!

*frase extraída do livro Escrever é Preciso, de Mário Osório Marques

Roberta Cadaval

Felizes estamos na condição de aprendizes e especialistas

Histórias de vidas vividas, é agora um projeto de Pesquisa / PROBIC /FURG / ILA / Curso de Artes Visuais - Licenciatura e Bacharelado. Antes era uma idéia. Mas não era uma idéia descomprometida, do tipo uma coisa entre outras tantas coisas que ocorrem e desaparecem. Não, Histórias de vidas vividas tem raízes mais profundas: é uma idéia que tomou forma lentamente a partir de indagações, percepções, avaliações e posicionamentos que fui desenvolvendo no decorrer da minha vida, relacionados especialmente com os pensamentos e poder descritivo e centralizador de alguns grupos sociais sobre outros. Desde muito cedo, muito antes de receber a alcunha de adulta, já tinha por 'hábito' indagar sobre estas questões, em todos os âmbitos: história, política, religião, cultura. Foi difícil compreender - e isto só foi possível através de muita leitura, viagens, convivências as mais diversificadas - que sempre existiram e existirão grupos e pensamentos dominantes. Que a história e / ou as histórias oficiais, por muito tempo foram escritas e contadas a partir dos interesses de grupos que entendiam estar mais habilitados a fazer isto (bom, civilizações riquíssimas foram extintas por serem consideradas inferiores, primitivas). A história das colonizações é uma prova disto (Herman Hesse, um europeu, há muito, muito tempo atrás, avaliou e ironizou esta situação em um belíssimo e caro texto chamado O Europeu). Eu, ainda muito jovem, diante das narrativas históricas, me indagava o que mais poderia haver além do que estava sendo contado... O tempo passou, não me tornei historiadora, mas continuei indagando e tentando aproximar este interesse da profissão que desenvolvo: Professora de Artes Visuais. A oportunidade de orientar o trabalho de conclusão de curso de Anna Morison, quando acadêmica do Curso de Artes Visuais da FURG, foi reveladora: Anna nasceu na Ilha dos Marinheiros (um lugar especial, com histórias e uma cultura muito particular que atrai a atenção de pesquisadores das mais diversas áreas) decidiu dedicar-se, enquanto espécie autêntica, a historicizar e narrar a vida desta comunidade. E o fez de maneira bonita: simples, sincera, afetiva e criativa. Foi com esta experiência que percebi que o autóctone, quando instrumentalizado, de posse de ferramentas de trabalho, tem condições de narrar, ou como queiramos, de sistematizar sua própria história. Foi, neste ano de 2001, que elaborei este projeto (que por distintos fatores ficou no papel até o ano de 2008) centrado no objetivo de instrumentalizar comunidades a exercitar e vivenciar esta experiência. O encontro com a Roberta foi providencial. Mais, foi definitivo. Roberta, a bolsista (bolsita capitão, bolsista timoneiro...) sabia da existência do projeto e, delicadamente (um elefante em miniatura) me convenceu a disputar uma bolsa PIBIC, que falhou, mas que imediatamente, menos de 2 meses depois, graças a sua persistência, aprovou um edital PROBIC... vingou!!! E a idéia é agora um fato, desde setembro de 2008 (méritos quase exclusivos da persistente bolsista capitão, timoneiro, almoxarife e etc). Roberta não desiste, é persitente, disciplinada, silenciosamente voraz e quer o mesmo que eu: estimular e oferecer como ferramentas à comunidade, nossas habilidades e habilitações na Área audiovisual. A experiência até o momento supera toda e qualquer espectativa. O ilhéu tem demonstrado que histórias contadas na primeira pessoa podem revelar que o pesquisador também pode por vezes ser apenas um aprendiz. Felizes estamos na condição de aprendizes e especialistas que compartilham conhecimentos. Por ora paro por aqui, com Eduardo Galeano, que nos diz:

Para que a gente escreve, se não é para juntar nossos pedacinhos? Desde que entramos na escola ou na igreja, a educação nos esquarteja: nos ensinam a divorciar a alma do corpo e a razão do coração.
Sábios doutores de Ética e moral serão os pescadores das costas colombianas, que inventam a palavra sentipensador para definir a linguagem que diz a verdade.

Galeano, Celebração de bodas da razão com o coração, em O livro dos abraços.

Teresa Lenzi

domingo, 7 de novembro de 2010

Sobre historias de vidas...

Sobre histórias de vidas vale a pena ver o documentário de Jorge Furtado intitulado Esta não é a sua vida (Revi agora recentemente e continuo encantada!). Com maestria, delicadeza, simplicidade e muita, muita eficiência Furtado coloca em pauta a importância de cada ser humano, seja no âmbito privado quanto no âmbito do conjunto social. Todos somos importantes, basta com que cada um de nós abra as gavetas de seus armários, as caixinhas de sapatos e ainda os albúns de fotografia... Somos todos histórias.



Esta não é a sua Vida  
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Gênero Documentário
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Diretor Jorge Furtado
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Ano 1991
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Duração 18 min
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Cor Colorido
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Bitola 35mm
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País Brasil
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Noeli tem 1 m e 58 cm, pesa 54 kg, é dona de casa e tem dois filhos. É uma pessoa comum. Mas não existem pessoas comuns.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Prosseguimos porque continuamos acreditando. 9ª Mostra da Produção Universitária – MPU

Apesar de estarmos com as atividades práticas de edição paradas, apesar de estarmos com dificuldades de encontrar uma solução para isto que se transformou em um impasse, continuamos acreditando na idéia de que histórias de vidas vividas são importantes para a manutenção das identidades, da cultura e para a construção histórica. Enquanto não encontramos as condições para finalizar a etapa pertinente a edição do material com a comunidade da Ilha dos Marinheiros, seguimos e seguiremos divulgando o projeto e suas idéias. Neste sentido é importante dizer que no periodo de 19 1 21 de outubro ocorreu a 9ª Mostra da Produção Universitária – MPU da Universidade Federal do Rio Grande e que a Roberta Cadaval, sempre parceira comprometida, apresentou o projeto  Histórias de vidas vividas na modalidade poster. Por sua participação, pela segunda vez consecutiva, recebeu DESTAQUE!!! Valeu Roberta! Nada é por acaso....Obrigada por não deixar morrer este trabalho e esta idéia!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Avaliando o Histórias....


Avaliando o Histórias....
O Projeto histórias de vidas vividas encerrou este mês de setembro a etapa de trabalho sob responsabilidade do bolsista Marcus Guimarães, por isto, um momento propício para uma avaliação. De forma muito sintética podemos e devemos dizer que este foi um ano difícil de trabalho pelos mais diferentes motivos: mudança de horário de aulas dos alunos da Ilha que participam do projeto; incompatibilidade de horário entre os membros participantes; limitações logísticas importantes tais como a falta de condução gratuita para ir à Ilha aos Sábados e a falta de um bom equipamento portátil para os trabalhos de edição das imagens. Foi um ano de ‘insistência’ e ‘resistência’. Resistimos e insistimos e conseguimos cumprir com o compromisso acadêmico, mas não conseguimos ficar felizes. Queríamos que as atividades fluíssem, e queríamos ter concluído todas as etapas.
Esta segunda etapa do projeto Histórias de vidas foi marcada por dificuldades logísticas que comprometeram a finalização das atividades. Entre as dificuldades destacamos: a alteração do horário escolar dos participantes ilhéus que somente permitia reunir todo o grupo aos Sábados; o uso das viaturas aos sábados condicionada ao pagamento das diárias dos motoristas (responsabilidade que recaiu sobre o coordenador do projeto que por este motivo limitou o número de encontros - que, infelizmente, eram fundamentais para a edição do material audiovisual); a falta de computadores portáteis com capacidade para execução da edição do material - especialmente das imagens em movimento (para a realização, parcial do material coletado, é necessário que se diga, utilizou-se o computador pessoal do coordenador do projeto).
Por tudo isto, somente dois encontros com os participantes ocorreram, e neles conseguiu-se organizar o material audiovisual em arquivos temáticos com a identificação das entrevistas e entrevistados, bem como verificar e identificar a autoria da maior parte das fotografias. Para compensar as falhas logísticas que impediram a conclusão do trabalho de edição por parte dos ilhéus, o acadêmico bolsista produziu um vídeo síntese a partir do material videográfico coletado durante as duas etapas do projeto.
Da mesma forma, para compensar o trabalho de edição não realizado, coordenador e bolsista procederam uma análise da prática audiovisual como recurso metodológico à pesquisa de histórias de vidas, bem como análises específicas quanto ao uso feito pelos ilhéus, da fotografia, do vídeo e do recurso ao texto. As análises e reflexões foram apresentadas em eventos acadêmicos  e publicadas em anais .
Apesar das dificuldade encontradas nesta etapa podemos dizer que os objetivos do projeto foram alcançados já que a pesquisa de levantamento de dados foi executada pelos próprios habitantes da Ilha e que o exercício de mostrar as especificidades geográficas e culturais da comunidade, em interatividade com pessoas externas à comunidade, utilizando recursos audiovisuais, permitiu aos participantes autóctones experimentar redescobrir sua comunidade. A presença dos pesquisadores proponentes do projeto, durante as atividades, motivou os participantes este olhar de revisão a partir do qual eles experimentaram as ferramentas que lhes foram oferecidas. E deste fato decorreu, por sua vez, um processo marcado pela retro-alimentação e, muitas vezes, pela troca de papéis: ora uns foram aprendizes, ora professores e especialistas.
Podemos ainda dizer que esta situação se refletiu e determinou os fazeres dos moradores, os participantes do projeto: isto ficou evidente no esforço que fizeram tanto para entender aos proponentes, quanto para utilizar os equipamentos, fato constatável através escolha dos enquadramentos das fotografias e das imagens em movimento, e na formulação das perguntas para os entrevistados.
Podemos ainda dizer que o conjunto da experiência vivida foi autorreveladora, porque o método audiovisual de levantamento de dados pelos próprios protagonistas das histórias - a diferença de quando são feitos pelo pesquisador, estrangeiros aos locais das pesquisas - além de ‘mostrar’ as paisagens, as pessoas e as atividades que em seu conjunto constituem o objeto de estudo, revelou ainda, através dos modos de fazer (enquadramentos, ângulos, distâncias focais), aos os jovens moradores. Em resumo, os vídeos e as fotografias são ‘videos-fotos-ensaios’ porque não se restringem ao que mostram – dados históricos e memoriais - mas também a ‘quem os mostra’ e ‘de que maneira este mostra’ (singularidades do sujeito histórico). Neste sentido é possível dizer que foi um trabalho etnográfico em primeira pessoa.
Parte do acervo audiovisual sistematizado durante as atividades, bem como reflexões pertinentes as ações do projeto Histórias de vidas vividas, pode ser encontrado no blog  /arquivo/diário das atividades e interatividades. Histórias de vidas vividas atualmente é filiado ao Brasil Memória em Rede , uma organização que congrega e divulga projetos localizados em diversos pontos do Brasil de trabalhos dedicados ao resgate da história e das memórias locais através da instrumentalização dos seus atores sociais e protagonistas.
Em razão das limitações encontradas durante este segundo ano daremos ‘um tempo’ nas atividades, atéque encontremos condições materiais/tecnológicas mais favoráveis.
Compartilho abaixo parcialmente a avaliação feita no final desta etapa.
Discussão e Conclusões
Nesta fase conclusiva dos trabalhos, colocamos em destaque, para além dos objetivos previstos e dos resultados alcançados, aquilo que consideramos nossa maior conquista e aprendizagem desta experiência: a oportunidade do encontro e da convivência entre os participantes e os proponentes do projeto. Foi uma experiência na qual todos aprenderam a aprender. Neste sentido vale enfatizar que os proponentes, entre outros conhecimentos, aprenderam a flexibilizar seus propósitos, aprenderam a adaptar seus métodos  e especialmente aprenderam que trabalhos que envolvem pessoas e suas vidas não podem ser desenvolvidos visando prazos e compromissos acadêmicos, porque pessoas não são ‘objetos’ de estudo no sentido usualmente atribuído ao termo. ‘Objetos’ são coisas as quais é possível ‘usar’ e descartar sempre que não for mais ‘necessário’. Confirmou-se assim o que com anterioridade entendiam os proponentes: que trabalhar com pessoas significa trabalhar com o ser humano, com suas idiossincrasias, seus sonhos, seus desejos, suas disponibilidades e seus limites... Implica relacionar-se e comprometer-se, uma tarefa delicada. Pessoas não podem ser ‘usadas’, acionadas e desligadas, ou descartadas quando finalizada a atividade.
Perspectivas de continuidade e possibilidades de desdobramento do trabalho?
Sim, pretende-se dar continuidade a pesquisa, desde que assegurados por uma logística que permita concluir todas as atividades planejadas. As dificuldades encontradas refletiram sobre o acadêmico bolsista que sentiu-se lenta e gradualmente desestimulado.
A continuidade deste projeto reside na certeza que temos da sua importância enquanto uma iniciativa que pode contribuir para o autoconhecimento e consequente auto-estima dos grupos sociais, porque é através deste tipo de ação que a sociedade poderá entender e demonstrar que a história da humanidade não se restringe aos grandes fatos, às ações heróicas, às hecatombes - embora tenhamos sido historicamente convencidos disto - e que tampouco o patrimônio histórico se restringe aos artefatos materiais porque a história da humanidade se conforma com o computo de todas as histórias de vida de todos grupos sociais, e que ela se tece a partir de pequenos nós, alguns aparentemente mais importantes, outros nem tanto. E neste sentido é importante defender que a importância histórica atribuída às coisas e aos fatos não é um fenômeno natural, pelo contrario, é decisão humana, atualizada cotidianamente. Da mesma forma que é inventada ‘a história da humanidade’: ela é e deve ser uma narração escrita no tempo por muitas pessoas...
Recado à Lilian, Roger, Bruno e Fabi:
Logo que for Possível vamos a Ilha para nos vermos e para planejarmos a continuidade do nosso trabalho.
Um forte abraço,
Teresa lenzi
05 de s

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Apresentação de trabalho e publicação nos anais do IV Seminário Internacional sobre Memória e Patrimônio. Memória, patrimônio e tradição.

 
No periodo de 22 a 24 de setembro de 2010 ocorreu em Pelotas o  IV Seminário Internacional sobre Memória e Patrimônio. Memória, patrimônio e tradição promovido pelo Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas. 
Roberta Cadaval participou do evento e também fez uma apresentação do Projeto Histórias de vidas vividas. Valeu Roberta pela parceria!  

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quem lê, quem é o espectador e quem escuta hoje?

Quando iniciamos este blog no ano de 2009, apostamos, tal como exemplifica a citação de Galeano, na escrita, na leitura e no compartilhamento de vivências. E isto segue valendo. Entretanto a crença neste exercíco e atividade se faz acompanhar com frequência de uma dúvida, que eu, pessoalmente externo em público de maneira reiterada e que se explica pela  condição contemporânea marcada pela sobrecarga informativa e comunicativa: Se todos somos produtores de informação (textual e audio visual) que é o interlocutor? Quem, de fato, lê? Quem e em que condições é o interlocutor de tamanha carga informativa e comunicativa?
Pois, compartilho um texto recente sobre o tema.

¿Quién Lee? - Lucas Ospina

Originalmente en [esferapública]
karlkraus.jpg«¿De dónde saco el tiempo para no leer tantas cosas?». La pregunta parece extraña, más cuando nos enteramos de que quién la hizo fue Karl Kraus, el escritor austriaco que durante 36 años publicó en Viena su propia revista: La Antorcha. En sus primeros años la publicación contó con colaboradores, pero de 1911 en adelante Kraus la publicó por su cuenta, número tras número, hasta llegar a 922 ediciones. En 1936, La Antorcha se apagó con él.
«¿De dónde saco el tiempo para no leer tantas cosas?», aforismo de Kraus, es una pregunta que a la luz de hoy resulta aún más inquietante. Hoy por hoy hay cada vez hay más cosas que ver, leer, oir, oler, probar, tocar. Hoy en día hay también más cosas que pensar y que decir. Los medios de reproducción digital multiplicaron las opciones, las voces, las opiniones, de buenas a primeras hicieron anacrónica la editorial del pasado: la publicación digital eliminó los costos onerosos de las artes gráficas y de la distribución, ahora todos podemos ser autores, todos podemos publicar, todos podemos opinar. Basta con abrir un “blog”, una página en “facebook” o ahorrarse lo del almuerzo, sacarle fotocopias a una hoja y repartirla por ahí; o también es posible jugar a “soy periodista”, como lo anuncia una sección del portal digital de El Espectador: “soy periodista.com, el medio de todos, publique ya y lea”. Pero, ¿quién lee?
De ahí la importancia y la vigencia de la pregunta de Kraus —“¿De dónde saco el tiempo para no leer tantas cosas?”—. La pregunta es vital porque cuestiona el afán a “estar informado” que todas las voces de la prensa impresa o digital claman al unísono. No importa si se trata de un gran medio periodístico, de medio medio alternativo o de un “blog” con seudónimo y casi anónimo, todos llaman la atención, todos claman por un minuto de tiempo. Y si nos resistimos a ese clamor, será nuestra propia culpa, nuestra ansiedad informativa, la que nos llame a leerlos: “Todos los temas, todos los días”, es el lema de El Tiempo, para no ir muy lejos.
Pero lo ecología mental que propone la pregunta de Kraus no sugiere que hagamos como la avestruz y que metamos la cabeza bajo la tierra, que como lectores optemos porque el peor enemigo de internet es internet y abrumados ante tanta información claudiquemos y nos metamos en un sólo y único hueco, un medio oficial que nos informe y nos forme, una ideología periodística que omita la cópula de espejos de la información, esa crítica en plural, y nos someta a un patriarcado editorial estable y general con una única casa que perdure ad infinitum semana a Semana en El Espacio, El Tiempo y El País, por El Siglo, El Heraldo y El Colombiano, amén.
No, Kraus, como lo demostró en La Antorcha, propone una microlectura concentrada, un ejercicio de crítica y de sátira que no busca informar a todo el mundo ni sumarse a una causa universal, un juego literario, un soliloquio que no fue escrito para el público en general sino que buscó su propio público, una audiencia, una inmensa minoría para la que Viena se convirtió en el escenario de un teatro crítico que llegó a las 922 funciones.
«Un agitador se toma la palabra. El artista es tomado por la palabra.», dijo Kraus. Lo que Kraus y La Antorcha ponen como ejemplo es un ejercicio preciso, detallado, obsesivo e implacable de escritura capaz de insertarse y adaptarse a cualquier lugar, un juego de lenguaje que usa la política como materia prima de su arte, una práctica de sátira que condena al otro con sus propias palabras, una publicación incendiaria y polémica que se puede replicar en cualquier nicho de trabajo, en cualquier oficina de cualquier empresa, en cualquier sector gremial o cultural, en cualquier aula de colegio o de universidad; un espacio narrativo que puede hacer eco a lo que pasa en el mundo y a sus grandes y eternos problemas, pero que usa a los personajes de la escena local para escenificar el mundo: usa al jefe de la oficina como el escritor usa al presidente, usa a la secretaria como el escritor usa a la actriz, usa al memorando interno como el escritor usa el decreto ministerial, usa las cifras del presupuesto institucional como el escritor analiza las políticas del Fondo Monetario Internacional, adapta el gran mundo del poder que todos conocemos, al pequeño mundo del poder en que cada uno vive.
Ante esta práctica de periodismo casero, este ejercicio de escritura, edición y publicación zonal que no teme exhibir los trapos sucios que se lavan en casa o que no duda en destacar las bellezas efímeras de la cotidianidad, que se toma en serio las nimiedades cotidianas y sopesa con sorna la solemnidad del poder, que usa los medios a su alcance para hablar de lo real y no solo vive en la realidad creada por los grandes medios, la pregunta ¿Quién lee? sobra: los mismos actores serán los lectores de su propia tragicomedia y ávidos o temerosos ante lo publicado responderán (el rango de su respuesta varía: va desde la contrarespuesta pública a la omisión solapada, llega incluso a la censura).
Ante esta perspectiva el problema ya no son los nuevos medios, pues si se trata de escribir sólo cambia la botella no el contenido (de estar vivo Kraus también publicaría La Antorcha en Internet); y con la pregunta ¿Quién lee? resuelta, la inquietud es otra: ¿quién puede escribir así? Hoy en día el que tenga la suficiente valentía puede y algo de personalidad (no basta la inteligencia, hay que tener un talante dispuesto a la fama y a la infamia). Pero esta apertura editorial condiciona un duro aprendizaje: todos estos innumerable escritores subrepticios, joviales, despelucados y libres, visibles y anónimos, bienpensantes e injuriosos, serán cada vez más un problema para sí mismos y para los demás.
«¿De dónde saco el tiempo para no leer tantas cosas?», dijo Kraus. Con ese tiempo liberado se convirtió en un lector selecto, un editor, un escritor insaciable de su época, de su ciudad y de sí mismo, y hoy, ante las nuevas formas de publicación y de escritura, ante esta euforia del progreso tecnológico, cada vez habrá más tiempo para no leer tantas cosas, tendremos más libertad para escoger nuestros propios discursos y decidir por nosotros mismos qué vale la pena y qué no, pero esa misma autonomía privada traerá consigo más crisis íntimas: la segura inseguridad de que nos perdimos algo, la ansiedad de que lo verdaderamente importante se nos escapa.

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(Ponencia leída en el evento “Periodismo de opinión” en el III Encuentro Internacional de periodismo y actualidad, en el conversatorio Nuevos medios, nuevos espacios para la opinión. Feria del Libro, 2010)
Fonte da qual extraímos este texto: http://salonkritik.net

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Muybridge's Chronophotography. Museu del Cinema

Recriação virtual e esquemática do experimento que E. Muybridge realizou em Palo Alto (California 1879) para obter una sequência fotográfica o deslocamento de um animal em movimento.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html

Nossas vidas, nossas culturas são compostas de muitas histórias sobrepostas. A escritora Chimamanda Adichie conta a história de como ela encontrou sua autêntica voz cultural - e adverte-nos que se ouvimos somente uma única história sobre uma outra pessoa ou país, corremos o risco de gerar grandes mal-entendidos.
Traduzido para o Português (Brasil) por Erika Barbosa.

http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html

quinta-feira, 10 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Histórias de vidas vividas. Ilha dos Marinheiros I

Vídeo síntese, desenvolvido pelo Marcus, para ser apresentado no Encuentro Latinoamericano y Caribeño de patrimonio comunitario /Cuba, a partir do material audiovisual produzido pela Lilian, Bruno, Roger e Fabiani.
 

sábado, 29 de maio de 2010


No período de 17 a 20 de maio estive em Cuba, en Piñar del Río / Comunidad de Las Terrazas, participando do Encuentro latinoamericano y caribeño de patrimonio comunitario com o objetivo de apresentar o Projeto Historias de Vidas Vividas. A princípio é sobre isto que vou comentar: sobre nossa participação nesse evento. E inicio dizendo que poucas vezes pude dizer que participar de um evento  cultural tenha valido tanto! E valeu!!!

O encontro teve como eixo central o patrimonio comunitário, e, em um exemplo de coerencia foi constituido pela apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos protagonistas das comunidades. Por consequência, o ambiente de trabalho tinha a marca da autenticidade, da sinceridade, e de muito comprometimento. O conjunto de comunicações feitas, em sua maioria, embora seguissem estruturas e orientações acadêmicas oficiais, destacavam-se pelo fato de que eram resultado de trabalhos desenvolvidos pelos proponentes dos projetos junto as suas comunidades e em prol delas. Razão pela qual estes trabalhos se caracterizavam  pelo aspecto autoral, já que resultavam de  vivências dos próprios proponentes. Uma parcela siginificativa dos trabalhos era oriunda de Cuba, e dentre estes, um número expressivo tinha origem na própria comunidade de Las Terrazas. E este foi um dos principais fatores na distinção deste evento em relação a outros tantos de marca essencialmente acadêmica. Neste, conceitos, pressupostos e orientações científicas foram suportes e recursos para a comunicação  e não ao contrário, porque os trabalhos tinham sua motivação em interesses e necessidades das comnidades - embora, a maior parte dos participantes tenha formação acadêmica.

Da mesma forma, os trabalhos advindos de Venezuela, Equador, Bolívia, México, se caracterizaram por serem trabalhos destacadamente comunitários, desenvolvidos por coletivos formados por habitantes das comunidades. E sobressaiu-se, no conjunto das propostas, trabalhos que reivindicavam as pessoas e suas histórias como maior patrimônio sociocultural, ao mesmo tempo que reivindicavam que museus e instituições revizassem seus objetivos para incluir neles o papel sociocultural de dispositivos de agregação humanitária.

O conjunto destes fatores, fez com que, pela primeira vez, desde que iniciamos as atividades do Histórias de vidas vividas, eu tenha encontrado os interlocutores de trabalho que buscava.  Nossos interesses e propósitos, ali, faziam sentido, e dialogavam com o conjunto dos outros trabalhos.

Sob outro aspecto, é merecido que se coloque em destaque o desenho da programação do evento, concebido pelos organizadores. Com uma estrutura marcada pela simplicidade, inteligência e sensiblidade, o evento configurou-se em uma imersão na comunidade Las Terrazas: uma comunidade muito peculiar, planejada e edificada entre as montanhas, na qual,  os habitantes, a maioria agricultores, extraem a sobrevivencia a partir dos recursos naturais e princípios comunitarios.  O hotel Moka, localizado na referida comunidade, e local onde foram alojados quase todos os participantes, é um exemplo disto: os responsáveis pelo funcionamento do hotel são habitantes de Las Terrazas, e o conjunto de edificios que o compõe está definitivamente integrado a paisagem - inclusive algumas árvores rompem pelos corredores, salas e quartos do hotel - e as atividades cotidianas da comunidade.

Todo evento ocorreu nesta comunidade, autosuficiente e marcada pelas relações de compartilhamento. Compromisso e inteligência cracterizaram o conjunto de atividades do programa, que, além de proporcionar aos participantes a convivência com os habitantes da localidade, proporcionou ainda , diariamente, após as atividades, de cada dia, conhecer os arredores da região de Piñar del Río,  como Sierra Maestra, e Sierra del Rosário, esta última, área declarada biosfera da humanidade.
Este desenho, estrutura, garantiu ao conjunto dos participantes, além de uma grande interação entre todos, uma convivência profunda com a cultura da região: nossas refeições foram feita a cada dia em algum dos restaurantes da comunidade, com comidas típicas, bem como os momentos de lazer sempre recheados pela música cubana e pela música específica da região.
Todos estes fatores estimulam a reflexão sobre o conceito de patrimônio comunitário. Agora, com o distanciamento proporcionado pelo tempo, entendo que nós, os participantes que ali estivemos, tivemos a oportunidade de vivenciar uma aula magna sobre o tema, e em termos absolutamente práticos... Chego a pensar que tudo foi muito, muito bem planejado inclusive neste aspecto. Ao mesmo tempo que apresentávamos nosso trabalhos, por exemplo, éramos 'expostos', colocados frente a frente, de forma visceral, com uma comunidade, que por sua vez tornava visível em cada gesto, em cada comportamento e fala, a sua origem nas milicias campesinas. O vocabulário predominante nos trabalhos, nas conversas durante os intervalos e passeios, repetido, reiterado, conecta va insistentemente passado, presente e futuro, e confirmava a hipótese de que estivemos neste lugar para vivenciar e colocar em prática este conceito: José Marti, milicias campesinas, mural da pré-história, casa del campesino, comunidade autosuficiente, práticas comunitárias, história oral, musical e pictórica, patrimônio e humanidade... E tudo isto ocorria como ocorre o fenômeno da respiração, de forma espontânea e como uma necessidade vital!
Será necessário mais tempo para processar esta vivência e para, principalmente, a partir dela refazer perspectivas.
Se Cuba vive hoje limitada por condições financeiras, tem de sobra arsenal para sobreviver no que se refere as questões identitárias: com certeza este aspecto não é um problema  nesta nação porque a história está viva nos pensamentos, nos comportamentos e iniciativas de todos com os quais tivemos a oportunidade de conviver.
 Patrimônio, para os cubanos, confirma o sentido etimológico primeiro: é uma herança do pai, mas, herança da qual resulta o conjunto de bens materiais e imateriais que não servem apenas como recordações, mas que se constituem na ferramentas e substrato para existência no presente.

 Las chicas al cole!!! Viñedo. Foto Teresa Lenzi.

Gracias a todos por la oportunidad de vivenciar tanta cosa estupenda!




domingo, 11 de abril de 2010


O sol refletido e sonorizado... Intervenções poéticas do pai da Lilian.

Dia 10 de abril de 2010. Retorno à Ilha dos Marinheiros, na companhia da Fabiani (agora acadêmica do Curso de Biologia da FURG), 57 dias após a última saída a campo com os participantes. A pausa das atividades in loco teve como objetivo levar adiante o trabalho de sistematização do acervo audiovisual produzido pelos participantes. Um volume considerável de fotografias e vídeos. O trabalho de sistematização se fazia urgente porque dele, os proponentes do projeto dependiam para poder traçar as novas etapas e trabalho, e especialmente poder projetar as ações de apoio aos participantes nas etapas que se sucederão, quais sejam: roteirização e edição do material videográfico e fotográfico. A primeira ação com vistas a sistematização do material foi a conversão do material videográfico (6 horas), originalmente em formato VHS, para formato digital e em seguida a identificação dos autores/câmaras). Ao mesmo tempo fez-se a identificação da autorias das fotos e das atividades/temas. Concluída esta etapa, o próximo passo desenvolvido por Marcus foi o de salvar todo este material em formato compactado para poder armazená-lo em DVS e assim poder disponibilizar este material aos participantes para que eles pudessem rever, avaliar e a partir dai começar o processo de roteirização da História da Ilha.
Estas atividades, foram previstas originalmente para serem ser desenvolvidas com os participantes, mas, em razão de nenhum deles possuir computador, e de não existir na Ilha um local que ofereça acesso a computadores, tivemos que utilizar esta alternativa. Então, o objetivo do encontro do dia 10 de abril, com os participantes, foi o revisar, juntos, o material sistematizado, e este objetivo só foi alcançado porque utilizamos nossos computadores pessoais.

Grupo concentrado, sob a árvore de canela, na avaliação do acervo .

Além da revisão do material sistematizado, aproveitamos o encontro para conversarmos com o grupo sobre as próximas etapas de trabalho, que deverão ser dedicadas a elaboração da história, roteirização e edição do material, e que se sair como planejamos deverão desenvolvidas na ilha porque já comprovamos que trazer o grupo à Universidade não é eficaz no que se refere ao aproveitamento do tempo. Entre buscar o grupo na ilha e levá-los de volta, temos que dispensar quase duas hora, restando assim, do tempo disponível, apenas uma hora para o desenvolvimento das atividades. Os participantes, em sua forma econômica de falar, concordaram com os encaminhamentos. Assim que vamos, em frente, no ritmo das condições e recursos que dispomos, e no ritmo e condições que os participantes quase silenciosamente propõe: sem pressa.
O encontro deste dia 10 de abril foi bonito, foi bonito e foi bonito!!! Foi bonito porque além da linda manhã de sol e da boa temperatura teve a participação da Fabiani sempre serena, firme (já é estagiária remunerada do CEAMECIN/FURG!!!! Em apenas dois meses de universidade!!!) , de todos os participante (Bruno, Lilian, Roger) e com a companhia do Patrick (acadêmico do Curso de Artes Visuais da CURG), e do Alexandre nosso motorista (que nos disse em off que se propõe a acompanhar-nos sempre que assim quisermos), e pela profícua reunião, no jardim da casa da Lilian, embaixo da árvore de canela (alguém consegue imaginar alguma coisa mais poética e prazenteira do que isto?).
Pois... sol, céu azul, computador embaixo da árvore de canela, os cachorros da Lilian como testemunhas, e para complementar e fazer transbordar a percepção, uma intervenção audiovisual no cenário provocada pelo trabalho do pai da Lilian que preparava placas de latas para recobrir a casa na qual vão viver em outra parte da ilha. De fato, não faltou nada... tudo estava no lugar que deveria estar, até mesmo o grupo de alunos do Curso de Biologia da FURG que, em companhia de um professor, de repente aportou na casa da Lilian para perscrutar o ambiente das dunas. É, tudo parecia estar animado e ao mesmo tempo no lugar que deveria estar.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Hoje retornamos a Ilha, Marcus e Eu, depois de um breve período de férias. O objetivo da visita era encontrar com os participantes do grupo para conversar sobre os encaminhamento das atividades para 2010, que serão dedicadas exclusivamente a sistematização e edição do material audiovisual produzido por eles durante o ano de 2009 sob a orientação da Roberta. Não havíamos acertado esta visita com os participantes, fomos assim, ao acaso, movidos pelas boas energias de um sol maravilhoso. Logo ao cruzarmos a ponte que conecta Rio Grande a ilha, nos encontramos com a Lilian, radiante, sorridente na sua bicicleta - agora Lilian já tem 15 anos completados no dia 19 de fevereiro!!! (Parabéns Lilian!!!! Tentamos ligar para ti varias vezes mas teu celular não dava retorno!!!). Seu sorriso era um reflexo do sol. Sem titubear nos disse: vou até em casa deixar a bicicleta para acompanhar vocês. E assim foi. Na sequência passaríamos na casa da Fabiani, Roger e Bruno. Quando chegamos a casa da Fabiani - a participante mais velha do grupo e por esta razão a líder das atividades - constatamos que não havia ninguém. Este fato, em outro momento poderia nos frustrar, porque a Fabiane foi desde o princípio dos trabalhos, foi nossa guia, nossa guru, nossa companheira por aliar maturidade, experiência, conhecimento. Entretanto, antes de sentirmos qualquer frustração ficamos muito contentes: a casa estava fechada, na porta estava o cachorro como sempre guardando a porta, sereno na sua condição... e tudo se encontrava aparentemente no seu lugar, a não ser pela presença de uma faixa vibrante que expressava o ingresso da Fabiani no Curso de Biologia da Universidade Federal do Rio Grande!!! Foi seu primeiro vestibular. Isto merece comemoração porque sabemos que esta seleção é difícil... Fabiani, nosso parabéns para ti. Que mais poderíamos te dizer que não tenhamos dito ao vivo em outros momentos? Nos já sabíamos!!!! Era inevitável!!! Desejamos a ti um lindo inicio de ano, que a vivência acadêmica te aporte aquilo que esperas e que a partir dela tu possas realizar teus projetos de vida! E esperamos que teu ingresso na universidade permita a continuidade da nossa convivência. Que sigas escrevendo a tua história de vida, assim, bonita, suave e firme.
Bom, e com esta energia favorável seguimos nosso roteiro e com a participação de Lilian, Bruno e Roger concretizamos a reunião, analisamos o acervo produzido por eles e agendamos o nosso próximo encontro. Prosseguiremos... prosseguimos.


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